Lá vai ela, a empregada,
Ônibus quente e lotado
Vai deixando a Baixada
Paga a viagem com trocados
Que sobrou do outro dia
Ah, coitada da Maria!
Chega em casa de madame
Lava, passa, se aborrece,
Pressão alta e suada
Vida difícil de escrava
Como é brava essa Maria!
Oh Maria, mulher braba!
Sai bem na hora do rush
Pra dar janta no barraco
É só barraco na favela
Com tiro pra todo lado
Lá vai ela, lá vai ela
Maria, que dia puxado!
Refrão 2x
E chega viva a sobra dessa guerra fria
Cheia de cansaço, com corpo quebrado,
Vai dormir porque te espera um novo dia
Um novo dia desgraçado.
Seu salário é o mínimo,
Isso aí não dá pra nada,
E a luz? E o aluguel?
E o leite da filharada?
- Ai ai ai meu DEUS do céu!
Esse mês já tá lascada!
Mulher negra independente
Mãe solteira obstinada
Tem que ser forte e valente
Pra seguir sua caminhada
No país torpe e demente
Que não oferece nada.
Todo dia na labuta
Essa Maria não sossega
Que vida filha-da-puta!
Mas Maria não se entrega
Pega firme dia e noite
Sem descanso, e sem trégua.
Refrão 2x
(Composição Lu Campello/Otavio Knaipp)
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2 comentários:
ADOREI, Lu! Quero escutar.
E aí, moça? Saudade d'ocê. Não conhecia seu blog, parabéns! Uma hora dessas, passa no meu: www.novoaemfolha.com
Beijão,
Chris
Valeu, Chris! ;-) Estamos em etapa de gravação. Assim que ficar pronta, eu te mostro. Vou passar agorinha no seu :-). Beijo!
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