21 de jan. de 2014

Olha que coisa mais linda, mais cheia de graça...

O carioca, literalmente, está frito. Acorda cedo, suado, segue para o banho, falta água.  Vai para o trabalho, ônibus lotado, sem ar-condicionado, trânsito infernal. Falta luz, volta luz, falta luz, volta! A internet não funciona, liga, espera 40 minutos, se desespera, xinga, atendem, transferem e... tu-tu-tu, “caiu” a ligação. Trabalho acumulando, mas liga de novo: “Por favor, aguarde. Todos os nossos operadores estão ocupados. Sua ligação é muito importante para nós... (gerúndio + gerúndio – paciência)”. Celular fica mudo, não pega, vai pra janela com a cabeça pra fora. Calma, não se jogue! Hora do almoço, sensação térmica de 50 graus, cata restaurante com ar, é assaltado à mão desarmada. Come tenso, pensa nas contas do mês, volta para a sauna ao ar livre, assalto de veraneio à mão armada. Volta para o trabalho, o chefe pede produtividade, concentração, criatividade e agilidade (Me surpreenda!). Caminho de casa, duas horas no trânsito, dilúvio, esgoto transborda, ruas cheias, água nas canelas. Chega em casa, cadê água? Não tem água. Leva roupa para a casa da mãe, da prima, do vizinho. Liga a TV, cai o sinal. Telefona para resolver, fala com 12 atendentes, nada se resolve. Cansado de tudo, o jeito é dormir (no calor). Porque falta luz, falta água, falta respeito, falta basicamente tudo.

E, de repente, meu filho cresceu.

Hoje, vendo você desaparecer das minhas vistas, rumo a uma viagem internacional, sozinho, passei por uma avalanche de emoções e lembranças...